Dois aspectos determinantes para a experiência do seu cliente.

Pare de olhar para o seu próprio “umbigo”.

Lorenna Mello
4 min readSep 7, 2021

Está sem tempo de ler agora? Você pode assistir ao vídeo, saca aí!

https://www.youtube.com/watch?v=g_2aCujMEXU

A experiência que as pessoas tem com um serviço são influenciadas por elementos que vão muito além do próprio serviço.

O que eu quero dizer com isto?

Gestores e empreendedores, muitas vezes, estão tão obcecados pelo o seu próprio produto ou serviço que esquecem de olhar para quem o consome.

É o que gosto de chamar de “visão míope”.

Ou seja, é quando você foca demais no seu serviço e esquece de ver o cliente e tudo que o influencia.

O grande perigo da “visão míope” é que você perde o foco em resolver, de fato, as necessidades específicas do seu cliente, que pode acabar ir procurando no mercado quem o atenda melhor.

Por isto, você precisa compreender que — além do seu próprio produto ou serviço—outros elementos estão ao redor do seu cliente influenciando a maneira como ele percebe e avalia o seu serviço.

Mas quais são estes elementos?

Contexto e circunstância.

Deixa eu te explicar melhor.

Ao consumir o seu serviço, o cliente percorre uma jornada. É o que chamamos de Jornada do Cliente.

Esta jornada nada mais é do que todos os passos que o seu cliente faz até conseguir atingir um resultado.

Que resultado?

O resultado que você promete que o seu serviço entrega. Ou seja, a promessa do seu serviço.

Estes passos vão desde o momento em que ele sente uma necessidade, passa pela a compra, chega no uso e vai até o pós-uso do seu serviço.

Sim, você precisa levar em consideração todo estes momentos.

Não apenas a jornada da compra.

O que acontece é que, durante esta jornada, o seu cliente não só faz uma serie ações.

Ele se depara com sentimentos, emoções, pensamentos, barreiras e dúvidas que são influenciados diretamente por estes dois aspectos:

  1. Contexto = o local onde ele faz uso do seu serviço.
  2. Circunstâncias = a situação na qual ele está passando quando faz uso do seu serviço.

Perceba que nenhum destes dois aspectos tem necessariamente a ver com o seu serviço em si.

Deixa eu te dar um exemplo.

Se você oferece um serviço de seguro de carro e um cliente o aciona para ter mais informações sobre o pagamento, ele com certeza está vivenciando uma experiência completamente diferente daquele que o aciona porque acabou de bater com o carro.

O primeiro cliente está avaliando, por exemplo, o atendimento e as informações que lhe são passadas.

O segundo cliente está avaliando, por exemplo, o quanto o seu serviço é rápido em atendê-lo e em resolver o seu problema.

O serviço (de seguro) é o mesmo nos dois exemplos, mas a situação em que o cliente se encontrava mudou.

E as duas situações estão influenciando diretamente como cada um destes clientes, e outros clientes, avaliam o seu serviço de uma forma geral.

E o mesmo vale para o contexto.

Um cliente que aciona o seu serviço porque bateu com o carro em um estacionamento de um Shopping, por exemplo, provavelmente vivencia uma experiência totalmente diferente daquele que o aciona porque bateu o carro no meio do trânsito, em pleno sol do meio dia.

Mais uma vez, o serviço não mudou. O contexto sim.

Você pode estar pensando “Beleza. E o que eu faço sabendo disto?

Simples.

A partir de agora a primeira coisa que você precisa fazer é levantar qual é o contexto e a circunstância que a maioria dos seus clientes faz uso do seu serviço.

Ou seja…

Onde o seu cliente está, na grande maioria das vezes, quando vai usar o seu serviço?

Qual é a situação (ou situações) mais comum que ele se encontra quando precisa usar o seu serviço?

Quais são as coisas mais importantes para eles nestes contextos e momentos?

Pergunte isto aos seus clientes hoje.

Em seguida, pense:

Como o seu serviço pode se adequar a estes contextos e situações?

O que pode ser alterado, ajustado ou repensado para atender as necessidades específicas destes clientes?

Afinal, são os seus clientes.

Porque, no final das contas, o que você precisa compreender é que a experiência do cliente é do cliente e não sua.

Você precisa entendê-la através da perspectiva dele, como ele de fato experimenta o seu serviço.

E não como você acha que é.

Afinal de contas, a experiência não está no produto ou no serviço em si. Ela é pessoal, subjetiva e vai variar de pessoa para pessoa, de cliente para cliente.

Até a próxima 🖐🏼

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Lorenna Mello
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Na busca por serviços mais relevantes💛 Designer (de serviço). Empreendedora. Pesquisadora. Doutoranda e Mestre em UX, CX e Design Thinking de Serviços.